Estando a obra em fase avançada aquando do contacto inicial com o cliente, as decisões tomadas seriam, necessariamente, rápidas e assertivas, focando-se, essencialmente, em questões de uso do espaço.
Com uma área interior reduzida, pretendia-se o mínimo de obstáculos visuais e físicos. Assim, de imediato se impôs o prolongamento, até à piscina, do muro de suporte revestido de granito que conforma o acesso à habitação.
Este muro é agora um elemento contínuo, uniforme e definidor da vida na casa.
Tomada esta decisão, resulta a necessidade implícita de libertar o muro de qualquer uso que lhe esteja adossado.
A criação de um murete num plano recuado da cobertura permitirá a existência de uma cobertura verde leve que integra uma manta de sementes de várias plantas de pequeno porte. Este será o meio ideal para que, com o tempo, plantas autóctones se alojem. A utilização deste tipo de cobertura vai aumentar a massa térmica da casa, acrescentando conforto interior.
A solução adoptada agrega as instalações sanitárias sociais e a cozinha num único volume que define a circulação e potencia a área social na sua relação com o exterior.
O recuperador de calor assume uma posição de destaque, como elemento de excepção, encastrado no muro de granito, ao invés de no centro da sala.
A manutenção do tecto de toda a casa à mesma altura permite uniformizar o espaço, para além de possibilitar que as portas ocupem o pé-direito total da casa, como rasgos verticais.
O revestimento exterior previsto para o volume dos quartos era madeira. Numa região com alto teor de humidade do ar, o aço corten apresenta-se como uma opção com menor grau de exigência e vida útil superior. Neste ambiente, a sua cor funde-se com o Outono.
